A função sexual nas lesões medulares

Introdução
A abordagem desse tema geralmente acontece com um profissional que o paciente sente mais afinidade. Tema este que deve ser conhecido pelo profissional da saúde para aconselhar e esclarecer o paciente da forma mais natural possível.

Profissionais da área da saúde precisam ter cuidado para que as pessoas com incapacidade física possam aprender mais sobre si mesmas, não se limitando a informações focais ou generalizadas, quando não errôneas, a respeito de suas incapacidades físicas. A falta de orientação do paciente, muitas vezes deve-se a falta de orientação profissional.

A trajetória da atividade sexual após lesão medular inclui um período de assexualidade, seguido por um período de redescoberta que ocorre durante o tempo de reabilitação. Apesar de ocorrer um período de “luto sexual” é recomendado um período espera e quando sentir-se pronto dar início à reabilitação da vida sexual. 

Reabilitação Neurofuncional do paciente com Acidente Vascular Cerebral - AVC

Anatomia
Os Acidentes Vasculares Cerebrais são usualmente causados por anormalidades na circulação. No entanto as variações anatômicas são frequentes, e o território que recebe o suprimento de sangue de uma dada artéria não é de todo previsível; como resultado, as síndromes dos acidentes vasculares encefálicos podem não se correlacionar bem com a localização da lesão vascular. Exames de imagem são apropriados para fornecer informações precisas sobre cada paciente individualmente. Pela Clínica que o paciente apresenta é possível determinar a localização vascular do Acidente Vascular Cerebral.

  • Artéria Cerebral Anterior
  • Hemiparesia contralateral, mais acentuada no membro inferior 
  • Perda sensorial contralateral  
  • Alterações do funcionamento esfincteriano anal e vesical  
  • Manifestações mentais, que são mais nítidas e estáveis se o AVC for bilateral 
  • Alterações do comportamento, se o AVC do lobo frontal for intenso.

  • Artéria Cerebral Média
  • Afasia (quando o hemisfério dominante é lesado);
  • Hemiplegia e/ou hemiparesia contralateral, mais acentuada na face e membro superior;
  • Hemianópsia homônima;
  • Hemihipostesia;
  • Apraxia;
  • Alexia.

  • Artéria Cerebral Posterior
  • Síndromes sensoriais talâmicos;
  • Alterações de memória (lesão bilateral);
  • Hemianópsia homônima;
  • Síndrome de Anton;
  • Cegueira cortical, provocada por lesão bilateral dos lobos occipitais associada à agnosia;
  • Dislexia sem agrafia;
  • Hemiplegia fugaz;
  • Ataxia.

  • Artéria Carótida Interna 
  • Hemiplegia contralateral com hemipostesia e afasia (quando o hemisfério cerebral dominante é lesado);
  • Isquemia retiniana com obnubilação ou perda da visão no olho homolateral;
  • Inconsciência no momento da oclusão;
Nota: 40% dos doentes com oclusão da artéria têm, antes do AVC definitivo, ataques isquêmicos transitórios.

  • Artéria Basilar
  • Hemiplegia contralateral ou tetraplegia;
  • Paralisia facial;
  • Disartria e disfagia;
  • Síndrome de Hormes homolateral;
  • Perda de consciência e presença de vertigem. 

  • Artéria Vertebrobasilar
  • Sinais de lesão de nervos cranianos e de conexões cerebelares homolaterais com sinais sensitivos e motores nos membros contralaterais;
  • Síndrome de Weber (lesão localizada nos pedúnculos cerebrais);
  • Paralisia homolateral do nervo óculo-motor comum;
  • Hemiplegia contralateral.
Fonte: IPAF, 2007.