Introdução
A Oscilação Oral de Alta Freqüência (OOAF), ou Oral High Frequency Oscillation (OHFO), vem sendo estudada como um novo recurso fisioterapêutico, desde a década de 80, como sendo uma técnica de desobstrução brônquica. Para GAVA e ORTENZI (1998), a OOAF pode ser utilizada como coadjuvante à Fisioterapia Respiratória no tratamento de doenças pulmonares que se caracterizam pelo aumento de secreção brônquica.
É atribuído a OOAF o descolamento da secreção brônquica, o aumento da função pulmonar e a melhora da oxigenação. Diversos autores descrevem sobre os aparelhos que estão disponíveis no mercado. Contudo, apresentam uma forma básica que lembra um pequeno cachimbo, em que, no seu interior existe um canal, onde está acentuada uma pequena esfera de aço.
Na realidade, é um fiel resistor de limiar pressórico gravitacional, o qual permite a frenagem do fluxo expiratório, por produzir curtas e sucessivas interrupções à passagem do fluxo, que permitem uma repercussão oscilatória produzida por resistor do aparelho, que é transmitida à árvore brônquica.
Atualmente, existem três modelos distintos no mercado: Flutter, Shaker e Acapella. (VOLSKO et al 2003). CARVALHO (2001) ressalta que a pressão positiva oscilatória, atua promovendo a dilatação dos brônquios até as estruturas periféricas, facilitando deslocamento do muco e inibindo o colapso precoce brônquico, tendo como conseqüência, uma diminuição da resistência respiratória e o aumento do volume de reserva expiratória.
Mecanismo de Ação da Oscilação Oral de Alta Frequência
A história da oscilação oral de alta freqüência foi iniciada há 20 anos atrás, durante pesquisas com a ventilação de alta freqüência. Um fluxo gasoso pulsátil de alta freqüência nas vias aéreas ou através da caixa torácica. Entre 3 e 30 Hz causou aumento no volume de secreção expectorada. Posteriormente estudos com aerossóis radioisótopos confirmaram os achados de que um fluxo cefálico de secreções pulmonares é acelerado durante a exposição à oscilação oral de alta freqüência (Fink et al, 2002). Uma variedade de mecanismos é descrita como facilitadores da limpeza mucocilar através da Oscilação de alta freqüência. Como por exemplo:
Redução viscoselasticidade
Diminuição na impedância mecânica do muco (Chang et al, 1988) e, São descritos na literatura com base em estudos in vitro e in vivo dois mecanismos de ação da oscilação de alta freqüência sobre as secreções. Os quais seriam:
1 - Mudança das propriedades reológicas do muco
2 - Ação de forças de cisalhamento
1- Mudança das propriedades reológicas do muco
Foi demonstrado que o importante durante a aplicação da terapia de oscilação oral de alta freqüência é a manutenção de uma freqüência constante e um tempo prolongado. Uma vez que aplicação de freqüências similares e tempos expiratórios maiores causaram uma redução mais efetiva na viscoelasticidade de pacientes com fibrose cística. Isto também mostrou-se verdadeiro para preparações in vitro de gel onde, o aumento gradual da freqüência (0 Hz, 12 Hz e 22 Hz) reduzia cada vez mais a viscoelasticidade.
2- Ação de forças de cisalhamento
O cisalhamento na interface ar- muco também contribui como fator significante para a maior depuração das secreções através da oscilação oral. As mudanças transitórias no fluxo aéreo na mudança da fase inspiratória para a fase expiratória de cada ciclo com o aparelho, associada as alterações na pressão produz uma força sobre a camada mucosa. Esta força de cisalhamento é gerada então, à cada ciclo e a sua frequência assemelha-se a frequência de batimento dos cílios pulmonares.
Oscilação oral de alta freqüência associado ao ventilador mecânico
Atualmente a fisioterapia possui um papel indispensável na assistência ao paciente crítico, sendo um dos seus principais papéis a prevenção das complicações pulmonares associadas ao ventilador mecânico. A principal delas seria o risco de infecção pulmonar, em parte devido ao desenvolvimento de bactérias na superfície interna e externa do tubo.
Já há várias décadas diversas técnicas fisioterapêuticas estão descritas na literatura. Porém, são limitados os estudos que investigam a efetividade de tais técnicas em pacientes críticos. Lewis (2004) com base em revisão de literatura destacou pontos importantes a serem cumpridos pelos fisioterapeutas para a prevenção e tratamento das complicações pulmonares de pacientes ventilados artificialmente. Podemos destacar:
Um novo recurso também amplamente utilizado e pouco descrito seria o uso da oscilação oral de alta freqüência no ramo expiratório do ventilador mecânico.
A Oscilação Oral de Alta Freqüência (OOAF), ou Oral High Frequency Oscillation (OHFO), vem sendo estudada como um novo recurso fisioterapêutico, desde a década de 80, como sendo uma técnica de desobstrução brônquica. Para GAVA e ORTENZI (1998), a OOAF pode ser utilizada como coadjuvante à Fisioterapia Respiratória no tratamento de doenças pulmonares que se caracterizam pelo aumento de secreção brônquica.
É atribuído a OOAF o descolamento da secreção brônquica, o aumento da função pulmonar e a melhora da oxigenação. Diversos autores descrevem sobre os aparelhos que estão disponíveis no mercado. Contudo, apresentam uma forma básica que lembra um pequeno cachimbo, em que, no seu interior existe um canal, onde está acentuada uma pequena esfera de aço.
Na realidade, é um fiel resistor de limiar pressórico gravitacional, o qual permite a frenagem do fluxo expiratório, por produzir curtas e sucessivas interrupções à passagem do fluxo, que permitem uma repercussão oscilatória produzida por resistor do aparelho, que é transmitida à árvore brônquica.
Atualmente, existem três modelos distintos no mercado: Flutter, Shaker e Acapella. (VOLSKO et al 2003). CARVALHO (2001) ressalta que a pressão positiva oscilatória, atua promovendo a dilatação dos brônquios até as estruturas periféricas, facilitando deslocamento do muco e inibindo o colapso precoce brônquico, tendo como conseqüência, uma diminuição da resistência respiratória e o aumento do volume de reserva expiratória.
Mecanismo de Ação da Oscilação Oral de Alta Frequência
A história da oscilação oral de alta freqüência foi iniciada há 20 anos atrás, durante pesquisas com a ventilação de alta freqüência. Um fluxo gasoso pulsátil de alta freqüência nas vias aéreas ou através da caixa torácica. Entre 3 e 30 Hz causou aumento no volume de secreção expectorada. Posteriormente estudos com aerossóis radioisótopos confirmaram os achados de que um fluxo cefálico de secreções pulmonares é acelerado durante a exposição à oscilação oral de alta freqüência (Fink et al, 2002). Uma variedade de mecanismos é descrita como facilitadores da limpeza mucocilar através da Oscilação de alta freqüência. Como por exemplo:
Redução viscoselasticidade
Diminuição na impedância mecânica do muco (Chang et al, 1988) e, São descritos na literatura com base em estudos in vitro e in vivo dois mecanismos de ação da oscilação de alta freqüência sobre as secreções. Os quais seriam:
1 - Mudança das propriedades reológicas do muco
2 - Ação de forças de cisalhamento
1- Mudança das propriedades reológicas do muco
Foi demonstrado que o importante durante a aplicação da terapia de oscilação oral de alta freqüência é a manutenção de uma freqüência constante e um tempo prolongado. Uma vez que aplicação de freqüências similares e tempos expiratórios maiores causaram uma redução mais efetiva na viscoelasticidade de pacientes com fibrose cística. Isto também mostrou-se verdadeiro para preparações in vitro de gel onde, o aumento gradual da freqüência (0 Hz, 12 Hz e 22 Hz) reduzia cada vez mais a viscoelasticidade.
2- Ação de forças de cisalhamento
O cisalhamento na interface ar- muco também contribui como fator significante para a maior depuração das secreções através da oscilação oral. As mudanças transitórias no fluxo aéreo na mudança da fase inspiratória para a fase expiratória de cada ciclo com o aparelho, associada as alterações na pressão produz uma força sobre a camada mucosa. Esta força de cisalhamento é gerada então, à cada ciclo e a sua frequência assemelha-se a frequência de batimento dos cílios pulmonares.
Oscilação oral de alta freqüência associado ao ventilador mecânico
Atualmente a fisioterapia possui um papel indispensável na assistência ao paciente crítico, sendo um dos seus principais papéis a prevenção das complicações pulmonares associadas ao ventilador mecânico. A principal delas seria o risco de infecção pulmonar, em parte devido ao desenvolvimento de bactérias na superfície interna e externa do tubo.
Já há várias décadas diversas técnicas fisioterapêuticas estão descritas na literatura. Porém, são limitados os estudos que investigam a efetividade de tais técnicas em pacientes críticos. Lewis (2004) com base em revisão de literatura destacou pontos importantes a serem cumpridos pelos fisioterapeutas para a prevenção e tratamento das complicações pulmonares de pacientes ventilados artificialmente. Podemos destacar:
- Prevenção da obstrução do tubo endotraqueal
- Prevenir ou reduzir a obstrução das vias aéreas distais
- Manter a patência das vias aéreas centrais
- Reduzir o acúmulo de secreção acima e envolta do cuff
Um novo recurso também amplamente utilizado e pouco descrito seria o uso da oscilação oral de alta freqüência no ramo expiratório do ventilador mecânico.
Indicações
Poderemos indicar a terapia nos casos de secreção produtiva persistente e tosse não produtiva, bronquite aguda e crônica, asma associada à obstrução brônquica, bronquiectasia, instabilidade traqueobrôn quica; enfisema pulmonar, fibrose cística, pré e pós- operatórios em geral. SCALAM et al (2000) acrescentam as síndromes ciliares discinésicas. MILLER (1993), completa com asma fora das crises.
GAVA e ORTENZI (1998) analisaram trabalhos clínicos e concluíram que a utilização da OOAF não substitui a fisioterapia convencional, mas sua utilização está indi cada em alguns casos em que as manobras de higiene brônquica causem dor e, muitas vezes, são contra-in dicadas.
Contra-Indicações
Em qualquer paciente adulto ou criança que não consiga gerar fluxo expiratório suficiente para produzir níveis ideais de oscilação, broncoespasmo doença cardíaca descompensada, fraturas faciais ins táveis e erosões por queimaduras, fraturas escalona das de arcos costais, grandes queimaduras, pacientes hemodinamicamentes instáveis, alterações renais graves, traumatismo torácico grave, tuberculose pulmo nar em atividade, pneumotórax sem drenagem prévia, derrame pleural sem drenagem prévia. SCALAN et al (2000) afirmam que não foram relatadas contra-indicações absolutas, por isso os seguintes itens devem ser cuidadosamente avaliados antes do início da terapia.
Pacientes incapazes de tolerar o aumento do trabalho respiratório (asma aguda, DPOC), pressão intracraniana (PIC) > 20mmHg, instabilidade hemodinâmica, sinusite aguda, hemoptise ativa, pneumotórax não tratado, ruptura de membrana timpânica ou doença de ouvido médio, cirurgia ou traumatismo facial, oral ou craniana recente, epistaxe, cirurgia esofágica.
Considerações finais
Podemos verificar que a Oscilação Oral de Alta Freqüência (OOAF) é utilizada na Fisioterapia no tratamento de doenças pulmonares que se caracterizam por aumento de secreção brônquica, a aplicação do resistor e a frenagem do fluxo permitem uma repercussão de oscilatória de alta freqüência a qual é transmitida à região traqueal e a árvore brônquica, fazendo que ocorra o descolamento e o deslocamento das secreções traqueobrônquicas. Consideramos que essa terapia é mais um coadjuvante ao tratamento fisioterapêutico na Unidade de Terapia Intensiva, para pacientes que apresentam acúmulo de secreção em vias aéreas.
Referências
FITIPALDI, R. M. S.; AZEREDO, C. A. C. Utilização do Aparelho de oscilação oral de Alta Freqüência com Ventilador Mecânico. RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva Volume 18 - Número 1 - Janeiro/Março 2006.
SILVEIRA, A. C. T. et al. Uso da Oscilação Oral de Alta Freqüência em Pacientes Ventilados Mecanicamente, um Estudo Prospectivo e Revisão de Literatura. Cadernos UniFOA - Ano II - nº 04 - agosto / 2007.
Poderemos indicar a terapia nos casos de secreção produtiva persistente e tosse não produtiva, bronquite aguda e crônica, asma associada à obstrução brônquica, bronquiectasia, instabilidade traqueobrôn quica; enfisema pulmonar, fibrose cística, pré e pós- operatórios em geral. SCALAM et al (2000) acrescentam as síndromes ciliares discinésicas. MILLER (1993), completa com asma fora das crises.
GAVA e ORTENZI (1998) analisaram trabalhos clínicos e concluíram que a utilização da OOAF não substitui a fisioterapia convencional, mas sua utilização está indi cada em alguns casos em que as manobras de higiene brônquica causem dor e, muitas vezes, são contra-in dicadas.
Contra-Indicações
Em qualquer paciente adulto ou criança que não consiga gerar fluxo expiratório suficiente para produzir níveis ideais de oscilação, broncoespasmo doença cardíaca descompensada, fraturas faciais ins táveis e erosões por queimaduras, fraturas escalona das de arcos costais, grandes queimaduras, pacientes hemodinamicamentes instáveis, alterações renais graves, traumatismo torácico grave, tuberculose pulmo nar em atividade, pneumotórax sem drenagem prévia, derrame pleural sem drenagem prévia. SCALAN et al (2000) afirmam que não foram relatadas contra-indicações absolutas, por isso os seguintes itens devem ser cuidadosamente avaliados antes do início da terapia.
Pacientes incapazes de tolerar o aumento do trabalho respiratório (asma aguda, DPOC), pressão intracraniana (PIC) > 20mmHg, instabilidade hemodinâmica, sinusite aguda, hemoptise ativa, pneumotórax não tratado, ruptura de membrana timpânica ou doença de ouvido médio, cirurgia ou traumatismo facial, oral ou craniana recente, epistaxe, cirurgia esofágica.
Considerações finais
Podemos verificar que a Oscilação Oral de Alta Freqüência (OOAF) é utilizada na Fisioterapia no tratamento de doenças pulmonares que se caracterizam por aumento de secreção brônquica, a aplicação do resistor e a frenagem do fluxo permitem uma repercussão de oscilatória de alta freqüência a qual é transmitida à região traqueal e a árvore brônquica, fazendo que ocorra o descolamento e o deslocamento das secreções traqueobrônquicas. Consideramos que essa terapia é mais um coadjuvante ao tratamento fisioterapêutico na Unidade de Terapia Intensiva, para pacientes que apresentam acúmulo de secreção em vias aéreas.
Referências
FITIPALDI, R. M. S.; AZEREDO, C. A. C. Utilização do Aparelho de oscilação oral de Alta Freqüência com Ventilador Mecânico. RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva Volume 18 - Número 1 - Janeiro/Março 2006.
SILVEIRA, A. C. T. et al. Uso da Oscilação Oral de Alta Freqüência em Pacientes Ventilados Mecanicamente, um Estudo Prospectivo e Revisão de Literatura. Cadernos UniFOA - Ano II - nº 04 - agosto / 2007.
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